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Adelino Manuel Martins de Pina,emigrante na Alemanha, fornece a informação detalhada sobre Loriga, incluindo seu posição, população, história, indústria, vocabulário, banda, bombeiros, igreja, associações e tradições.
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Adelino Manuel Martins de Pina,emigrante na Alemanha, fornece a informação detalhada sobre Loriga, incluindo seu posição, população, história, indústria, vocabulário, banda, bombeiros, igreja, associações e tradições.A informação histórica foi conseguida através de pesquisa realizada em Portugal por outro muito conhecido Loriguense.
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Revision as of 22:50, 5 December 2007

Bemvindo a Loriga

Description

Adelino Manuel Martins de Pina,emigrante na Alemanha, fornece a informação detalhada sobre Loriga, incluindo seu posição, população, história, indústria, vocabulário, banda, bombeiros, igreja, associações e tradições.A informação histórica foi conseguida através de pesquisa realizada em Portugal por outro muito conhecido Loriguense.

Additional Information

                       LORIGA


                       40º 19' N 7º 41'O
                       Gentílico - Loricense ou loriguense
                       Concelho - Seia
                       Área - 36,52 km²
                       População - 1 367 hab. (2005)
                       Densidade - 37,51 hab./km²
                       Orago - Santa Maria Maior
                       Código postal - 6270
                       Apelidada de "Suíça Portuguesa", é a vila mais
                       alta de Portugal.
                       Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de 
                       Seia, distrito da
                       Guarda. Tem
                       36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade 
                       populacional de 37,51
                       hab/km². Tem uma
                       povoação anexa, o Fontão.
                       Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 
                       300km de Lisboa. A vila
                       é directamente acessível
                       pela EN 231, e indirectamente pela EN338, e tem acesso 
                       directo à Lagoa
                       Comprida, pela referida EN338,
                       estrada concluída em 2006, seguindo um traçado 
                       pré-existente e
                       pré-projectado há mais de quarenta anos,
                       com um percurso de 9,2 km de paisagens deslumbrantes, 
                       entre as cotas 960m
                       (Portela de Loriga,também
                       conhecida por Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa 
                       Comprida.
                       É conhecida há décadas como a "Suíça Portuguesa" devido 
                       à sua extraordinária
                       localização geográfica. Está
                       situada a cerca de 770m de altitude,na sua parte urbana 
                       mais baixa, rodeada
                       por montanhas, das quais se
                       destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a 
                       Penha do Gato (1771m),
                       e é abraçada por dois
                       cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de 
                       S.Bento, que se unem
                       depois da E.T.A.R. para formarem
                       um dos maiores afluentes do Rio Alva.A montante da vila, 
                       a Ribeira de Loriga
                       recebe também o Ribeiro da
                       Nave, um afluente que tem um curso extraordinário e 
                       passa por uma das zonas
                       mais belas do Vale de
                       Loriga, incluíndo os famosos Bicarões, cascatas a alta 
                       altitude junto das
                       quais se encontra uma conhecida
                       quinta.
                       A vila está dotada de uma ampla gama de infrastrutras 
                       físicas e culturais,
                       que abrangem todas as àreas e
                       todos os grupos etários, das quais se destacam, por 
                       exemplo, o Grupo
                       Desportivo Loriguense, fundado em
                       1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, 
                       fundada em 1905, os
                       Bombeiros Voluntários de
                       Loriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem 
                       na àrea equivalente
                       ao antigo concelho de Loriga, a
                       Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras 
                       sociais de relevo, e
                       a Escola C+S Dr. Reis
                       Leitão. Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo 
                       Quartel dos Bombeiros
                       Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o 
                       primeiro semestre de
                       2008.
                       Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, 
                       a Páscoa (com a
                       Amenta das Almas) e festas
                       em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. 
                       Sebastião (durante o mês
                       de Julho), com as
                       respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais 
                       alto das
                       festividades religiosas é a festa dedicada
                       à padroeira dos emigrantes loricenses, Nª. Srª. da Guia, 
                       que se realiza
                       todos os anos, no primeiro Domingo
                       de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em 
                       honra de Nª. Srª. da
                       Ajuda, no Fontão de Loriga.
                       Breve história
                       Fundada originalmente no alto de uma colina entre 
                       ribeiras onde hoje existe
                       o centro histórico da vila. O
                       local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos 
                       anos devido à
                       facilidade de defesa (uma colina entre
                       ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao 
                       facto de a as
                       terras mais baixas providenciarem
                       alguma caça e condições mínimas para a prática da 
                       agricultura. Desta forma
                       estavam garantidas as
                       condições mínimas de sobrevivência para uma população e 
                       povoação com alguma
                       importância.
                       O nome veio da localização estratégica da povoação, do 
                       seu protagonismo e
                       dos seus habitantes nos
                       Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência 
                       lusitana, o que levou os
                       romanos a porem-lhe o nome de
                       Lorica (antiga couraça guerreira), de que derivou 
                       Loriga, palavra que tem o
                       mesmo significado. Os
                       Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da 
                       Lusitânia. É um facto que os
                       romanos lhe deram o nome
                       de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação 
                       iniciada pelos Visigodos)
                       e que tem o mesmo significado.
                       É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar.
                       Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua 
                       beleza paisagística é o
                       principal atractivo de
                       referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação 
                       são um dos grandes
                       ex-libris de Loriga, uma obra
                       gigantesca construída pelos loricenses ao longo de 
                       muitas centenas de anos e
                       que transformou um vale belo
                       mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje 
                       marca a paisagem do
                       belíssimo Vale de Loriga,
                       fazendo parte do património histórico da vila e é 
                       demonstrativa do génio dos
                       seus habitantes.
                       Em termos de património histórico, destacam-se também a 
                       ponte e a estrada
                       romanas (século I a.C.), uma
                       sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja 
                       Matriz (século XIII,
                       reconstruída), o Pelourinho (século
                       XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com 
                       origem anterior à
                       chegada dos romanos e a Rua
                       de Viriato. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, 
                       situada na área mais
                       antiga do centro histórico da vila,
                       recorda algumas das características urbanas da época 
                       medieval. A estrada
                       romana e uma das duas pontes (a
                       outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na 
                       Ribeira de S. Bento), com
                       as quais os romanos ligaram
                       Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem 
                       destaque. A tradição
                       local e diversos antigos documentos
                       apontam Loriga como berço de Viriato, e no início do 
                       século XX existiu mesmo
                       um movimento loriguense
                       para lhe erigir um estátua na vila, o que não chegou a 
                       concretizar-se.O
                       documento mais famoso,embora não
                       seja o mais antigo, que fala de Loriga como sendo 
                       terra-natal de Viriato, é
                       o livro manuscrito História da
                       Lusitânia, escrito pelo Bispo Mor do Reino em 1580.A 
                       actual Rua de Viriato,
                       na parte mais antiga do centro
                       histórico da vila, já tinha esse nome no século XII.
                       O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga 
                       e nele destaca-se a
                       capela de Nossa Senhora do
                       Carmo, construída no local de uma antiga ermida 
                       visigótica precisamente
                       dedicada àquele santo ao qual os
                       loricenses passaram a chamar S.Ginês, talvêz por este 
                       nome ser mais fácil de
                       pronunciar (aliás não existe
                       nenhum santo com o nome de Ginês).
                       Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida 
                       em dois núcleos. O
                       maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde 
                       hoje existem a
                       Igreja Matriz e parte da
                       Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e 
                       paliçada. No local do
                       actual Bairro de S.Ginês existiam
                       já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, 
                       em cima do qual os
                       Visigodos construíram mais
                       tarde uma ermida dedicada àquele santo.
                       Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do 
                       Padroado Real e a Igreja
                       Matriz foi mandada construir
                       em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago 
                       era já o de Santa
                       Maria Maior e que se mantém, foi
                       construída no local de outro antigo e pequeno templo, do 
                       qual foi
                       aproveitada uma pedra com inscrições
                       visigóticas, que está colocada na porta lateral virada 
                       para o adro. De
                       estilo românico, com três naves, e
                       traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta 
                       igreja foi destruída
                       pelo sismo de 1755, dela restando
                       apenas partes das paredes laterais.
                       O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo 
                       arruinado também a
                       residência paroquial e
                       aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do 
                       edifício da Câmara
                       Municipal construído no
                       século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em 
                       Loriga a avaliar os
                       estragos mas, ao contrário
                       do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana 
                       muito afectada),
                       não chegou do governo de
                       Lisboa qualquer auxílio.
                       Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do 
                       século XIX. Chegou a
                       ser uma das localidades mais
                       industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de 
                       concelho só conseguiu
                       suplantá-la quase em meados do
                       século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava 
                       Loriga no número de
                       empresas. Nomes de
                       empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos 
                       Amores, Tapadas, Fândega,
                       Leitão & Irmãos,
                       Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, 
                       Lorimalhas, etc,
                       fazem parte da rica história
                       industrial desta vila. A principal e maior avenida de 
                       Loriga tem o nome de
                       Augusto Luís Mendes, o mais
                       destacado dos antigos industriais loricenses. Apesar de, 
                       por exemplo, dos
                       maus acessos que se resumiam à
                       velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o 
                       facto é que os
                       loriguenses transformaram Loriga
                       numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu 
                       génio.
                       Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um
                       inimigo político e administrativo, local e nacional, 
                       contra o qual teve que
                       lutar desde o século XIX.
                       A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das 
                       consequências que os
                       confrontos de uma guerra civil
                       podem ter no futuro de uma localidade e de uma região. 
                       Loriga tinha a
                       categoria de sede de concelho desde
                       o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João 
                       Rhânia, senhorio das
                       Terras de Loriga durante cerca de
                       duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 
                       (D.Afonso III ), 1474
                       ( D.Afonso V ) e 1514 (
                       D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados 
                       Absolutistas contra os
                       Liberais na guerra civil portuguesa,
                       teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 
                       1855. A conspiração
                       movida por desejos
                       expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, 
                       precipitou os
                       acontecimentos. Tratou-se de um
                       grave erro político e administrativo; foi, no mínimo, um 
                       caso de injusta
                       vingança política, numa época em que
                       não existia democracia e reinavam o compadrio e a 
                       corrupção e assim, começou
                       o declínio de toda a região
                       de Loriga (antigo concelho de Loriga).
                       A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da 
                       Serra, Cabeça, Sazes
                       da Beira, Teixeira, Valezim,
                       Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao 
                       Município
                       Loricense. A vila de Loriga situa-se a
                       vinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e 
                       algumas freguesias da
                       sua região, situam-se a uma
                       distância muito maior.
                       A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, 
                       constitui também a
                       Associação de Freguesias da
                       Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.
                       Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades 
                       turísticas e as únicas
                       pistas e estância de esqui
                       existentes em Portugal estão localizadas na área da 
                       freguesia da vila de
                       Loriga.
                       Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando 
                       pela vila de Loriga,
                       esta região estará desertificada
                       dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a 
                       outras relevantes
                       terras históricas do interior do
                       país, será com certeza considerado como uma vergonha 
                       nacional. Confirmaria
                       também a óbvia existência de
                       graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, 
                       administração e
                       ordenamento do território. Para evitar tal
                       situação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo 
                       por em prática o
                       que já é reconhecido no papel:
                       desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.
                       A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico 
                       da vila. A sua
                       escadaria tem cerca de 100 degraus
                       em granito, o que lhe dá características peculiares. 
                       Esta rua recorda muitas
                       das características urbanas
                       medievais do centro histórico da vila de Loriga.
                       O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de 
                       Loriga cujas
                       caracteristicas o tornam num dos
                       bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores 
                       festas de São João
                       eram feitas aqui. Curioso é o facto
                       de este bairro do centro histórico da vila dever o nome 
                       a São Gens, um santo
                       de origem céltica matirizado
                       em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, 
                       orago de uma ermida
                       visigótica situada na área.
                       Com o passar dos séculos os loricenses mudaram o nome do 
                       santo para S.Ginês,
                       talvez por ser mais fácil
                       de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve 
                       separado do principal
                       e mais antigo, situado mais
                       abaixo, é anterior à chegada dos romanos.
                       Loriga celebrou acordo de geminação com:
                       • A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de 
                       Loures, em 1 de Junho de
                       1996.


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